Até recentemente, apenas alguns poucos fabricantes de sensores e máquinas estavam interconectados e faziam o uso da computação embarcada, geralmente organizada em uma pirâmide de automação vertical, na qual sensores e dispositivos de campo com inteligência limitada e controladores de automação alimentavam um sistema abrangente de controle de processos de fabricação [1]. Com os avanços no domínio da eletrônica e da comunicação os usuários passaram a ter acesso a mobilidade de dispositivos onipresentes, em que a utilidade destes não está limitada a conectar usuários a internet, mas tem papel ativo no mundo ciberfísico [2].
A evolução tecnológica que culminou no IoT provém da identificação por radiofrequência (RFID), usado para gestão de armazéns, especialmente para identificar produtos e monitorar estoques, que evoluiu para os dispositivos sem fio de forma ainda tímida nos anos 90 e, mesmo que nos anos 2000 a internet já fosse amplamente utilizada, necessitava de muita interação humana [3]. De 2009 em diante, o compartilhamento de informações entre dispositivos e entre localidades permitiu a visualização de forma rápida das aplicações industriais e de consumidores (Figura 1).
Figura 1 - Evolução do IoT [3]
Sabe-se que a internet das coisas (IoT) não é o resultado de uma única tecnologia nova, mas de vários desenvolvimentos técnicos complementares que forneceram recursos que, juntos, ajudam a preencher a lacuna entre os mundos virtual e físico, dentre os quais se destacam a comunicação e cooperação, endereçamento, identificação, sensoriamento, atuação, processamento de informações incorporadas, localização e interfaces de usuário [4]. No entanto, com a internet das coisas industriais (IIoT), mais dispositivos passaram a ser enriquecidos com computação embarcada e tornaram-se conectados ao usar estas tecnologias como padrão, permitindo que se comuniquem e interajam entre si e com controladores mais centralizados [1].
Como os sistemas de produção com IoT estão interconectados com sistemas baseados na internet, geram ambientes de trabalho mais eficazes porque impelem os principais padrões para o desenvolvimento de novas estratégias e otimizações operacionais que, no entanto, dependem da arquitetura e da inteligência incorporada ao sistema, tendo em vista que está nas mãos da inteligência e do conhecimento humanos integrarem de maneira ideal as tecnologias da indústria 4.0, dentre elas o IoT, de formas mais eficientes e eficazes [5]. A Figura 2 apresenta um framework do IoT, que demonstra como elementos podem ser incorporados em cada aplicação.
Figura 3 - A visão funcional do IoT [2]
O IoT é aplicado no contexto da indústria 4.0 em diversos segmentos e métodos, como nas indústrias de mineração e alimentos, na logística, e-commerce, varejo, gestão de armazéns, gestão de energia, manufatura e logística, indústria da construção, gestão de tempo de vida de produtos, telecomunicação e indústria da moda. A COGNI tem atuado com a aplicação do IoT nos segmentos industriais, de geração distribuída (solar, eólica) e comerciais, gerando valor para seus clientes na elaboração de projetos e comprovação dos seus resultados, permitindo maior produtividade e eficiência.
Assim, podemos dizer que o IIoT é uma das mais promissoras tecnologias, que corresponde a um enorme um conjunto de ferramentas para gerar oportunidades para a evolução da manufatura em seus diversos níveis organizacionais.
Nos próximos dias, daremos continuidade demonstrando cada uma destas tecnologias e como as organizações podem se beneficiar. Além disto, apresentaremos alguns estudos de caso de como estas tecnologias vem sendo aplicadas em indústrias de pequeno, médio e grande porte, trazendo benefícios reais a todos os envolvidos no processo.
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